Alerta de desmatamento na Amazônia Legal tem recorde em maio, diz Inpe

A área sob alerta para desmatamento na Amazônia Legal, em maio de 2021, bateu recorde mensal na série histórica mantida pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) desde agosto de 2015 – e só foram validados os dados de 28 dias do mês.

Este é o terceiro mês seguido em que o índice bate recorde mensal, após o Inpe indicar a devastação de 580,55 km² em abril e de 367,61 km² em março. É também a primeira vez que o número ultrapassa 1.000 km² para esse mês.

No período de 1.º a 28 de maio foram detectados 1.180 km² de área desmatada em 4.148 alertas no Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), um aumento de 41% em relação aos 31 dias do mesmo mês em 2020 – ou de 82,9% ao se considerar os mesmos 28 dias.

No período, os municípios com maior área desflorestada foram Altamira/PA, com 104 km², Labrea/AM, com 97,49 km², Novo Progresso/PA, com 77,33 km², Porto Velho/RO, 68,03 km², e Itaituba/PA, com 63,87 km².

“O dado é preocupante porque o mês de maio marca o início da estação seca, quando a devastação se intensifica, em grande parte da região amazônica”, afirmou o Observatório do Clima, em nota, ao comentar os dados.

“A permanecer a tendência nos próximos dois meses, a taxa oficial de desmatamento de 2021 (medida de agosto de um ano até julho do ano seguinte) poderá terminar com uma inédita quarta alta consecutiva”, completa o texto.

A Amazônia Legal é uma área de 5.217.423 km², que corresponde a 61% do território brasileiro, e engloba os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, além de parte do Maranhão.

A consolidação de dados sobre o desmatamento é feita por outra ferramenta: o Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), também administrado pelo Inpe.

O último levantamento oficial do Prodes  indicou alta de 9,5% no desmatamento entre agosto de 2019 e julho de 2020, totalizando 11.088 km².

CNN entrou em contato com o Ministério do Meio Ambiente em busca de um posicionamento sobre os resultados do desmatamento na Amazônia, mas até o momento não retornou.

 

 

 

 

 

 

Fonte: CNN

Foto: Divulgação/Greepeace

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