Bolsonaro desafia: ‘Se urnas são confiáveis, dá um tapa na minha cara’
Em live nas redes sociais na quinta-feira (22), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a criticar o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luis Roberto Barroso, que se posiciona contra o voto impresso auditável.
“Por que o ministro [do Supremo Tribunal Federal] e presidente do Tribunal Superior Eleitoral Barroso foi para dentro do Congresso Nacional se reunir com lideranças partidárias, dizendo que as urnas são plenamente confiáveis? Se são, dá um tapa na minha cara”, afirmou durante a transmissão.
O presidente também aproveitou para criticar institutos de pesquisa e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Pegam instituto de pesquisa, em que ninguém confia mais, mas está todo o tempo dizendo que Lula é o cara. É, com toda certeza, desconfiança que traz para população de que esse percentual vai ser convalidado entre meia dúzia de servidores do TSE”, disse.
Sobre o voto impresso, Bolsonaro afirma que não consegue entender por que há quem se oponha. “Nós queremos é fazer que o sistema eletrônico de votação seja confiável e ninguém tenha dúvidas do resultado final. Mas por que estão contra? Quem consegue entender?”
O presidente informou que na próxima quinta-feira (29) “esclarecerá as fragilidades do sistema e o que aconteceu no 2º turno das eleições em 2014”.
Para ele, voto impresso auditável é “questão de segurança nacional” e criticou aqueles que tratam como questão política. “Quando vejo algumas autoridades tuitarem [afirmando] que é questão política, que certas outras pessoas não devem se meter nisso, eu digo a vocês: isso é uma questão de segurança nacional”.
Ainda na quinta-feira (22), Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente do Congresso Nacional, afirmou em postagem no Twitter que “a realização de eleições periódicas, inclusive em 2022, não está em discussão”.
“Decisões sobre o sistema político-eleitoral, formas de financiamento de campanhas, voto eletrônico ou impresso, entre outros temas, cabem ao Congresso Nacional, a partir do debate próprio do processo legislativo e com respeito às divergências e à vontade da maioria”, escreveu o senador.