Homenagem à Marielle Franco é vandalizada com exaltação a Borba Gato em SP
A escadaria da Rua Cristiano Viana, em Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo, popularmente chamada de “Escadão Marielle Franco“, amanheceu vandalizada nesta sexta-feira (30) com tinta vermelha e uma frase “Viva Borba Gato”.
O local, que leva da rua Cristiano Viana para a rua Cardeal Arcoverde, estampa um lambe-lambe gigante em homenagem a parlamentar assassinada brutalmente em 2018. O espaço já foi alvo de pichações e, posteriormente, restauro da Prefeitura de São Paulo que preservou a imagem.
A frase em exaltação ao bandeirante foi feita quase uma semana depois da estátua de Borba Gato ter sido alvo de um incêndio no último sábado (24), na Zona Sul de São Paulo, durante ato contra o genocídio de negros e indígenas no Brasil.
O entregador de aplicativos Paulo Roberto da Silva Lima, conhecido como Galo, admitiu participação no incêndio ao monumento. Embora ele afirme que sua esposa, a costureira Géssica Silva Barbosa, não estivesse presente, os dois foram detidos na última quarta-feira (28).
No caso da depredação ao Escadão Marielle Franco, não se sabe ainda quem são os autores responsáveis pelos atos de depredação.
Procurada pelo Yahoo, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo informou que até o momento nenhum boletim de ocorrência foi registrado. “Diante das informações obtidas, a autoridade instaurou inquérito policial e atua para identificar e responsabilizar os autores”, disse em nota.
Incêndio à estátua
No último sábado (24), um grupo desembarcou de um caminhão e espalhou pneus na avenida Santo Amaro e em torno do monumento do bandeirante Borba Gato, ateando fogo logo depois. O movimento Revolução Periférica assumiu a autoria do incêndio.
Policiais militares e bombeiros chegaram na sequência, controlaram as chamas e liberaram o tráfego. O ato terminou sem feridos nem detidos.
Desde então, ao menos três pessoas foram detidas acusadas de envolvimento no incêndio. Na madrugada de domingo (25), a Polícia Civil localizou o caminhão utilizado pelo grupo na cidade de Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo. O motorista foi detido, e o veículo estava com a placa adulterada e foi apreendido.
No próprio domingo (25), a Justiça concedeu liberdade provisória para o homem que dirigia o veículo, apesar dele ainda responder pelo crime de associação criminosa e por causar incêndio, expondo a perigo o patrimônio de outra pessoa. O homem também foi acusado de ter adulterado a placa do caminhão usado na ação.
Na quarta-feira (28), a Justiça de São Paulo determinou a prisão temporária de Paulo Roberto da Silva Lima, conhecido como Paulo Galo, e de Gessica de Paula da Silva Barbosa, esposa de Paulo, acusado de suposta participação no incêndio à estátua.
Fonte: Yahoo!
Foto: Reprodução/Redes sociais