Presidente do TSE admite aumentar número de urnas sorteadas para auditoria

Atacado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, tem admitido a interlocutores aumentar o número de urnas eletrônicas nas quais são feitas auditorias nos dias da eleição.

Segundo reportagem do jornal O Globo, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) ainda não tem o número total de quantas urnas passariam a ser auditadas desta forma.

Atualmente, 100 urnas são sorteadas entre as quase 450 mil distribuídas pelo Brasil e depois levadas aos TREs para serem verificadas por especialistas, em um processo devidamente filmado.

Na última sexta-feira (6), Bolsonaro xingou Barroso ao provocar aglomeração com apoiadores em Joinville (SC): “O filho da puta ainda trai gente dessa maneira. Aquele filho da puta do Barroso”.

Bolsonaro e o presidente do TSE têm trocado farpas há meses, especialmente pela insistência do presidente em atacar o sistema de votação utilizado no país, pedindo a volta do voto impresso. O projeto foi rejeitado em uma Comissão na Câmara dos deputados por 23 votos a 11.

A situação entre presidente da República e Poder Judiciário ficou ainda pior após Luiz Fux, presidente do STF, cancelar uma reunião com Bolsonaro. Ao justificar o cancelamento, Fux citou os ataques de Bolsonaro a outros membros da corte, como Barroso e Alexandre de Moraes.

“O Supremo Tribunal Federal informa que está cancelada a reunião outrora anunciada entre os Chefes de Poder, entre eles o Presidente da República. O pressuposto do diálogo entre os Poderes é o respeito mútuo entre as instituições e seus integrantes”, afirmou Fux em um pronunciamento.

Bolsonaro chegou a dizer que Barroso e Moraes praticavam uma “ditadura de toga”.

Membros da CPI da Covid divulgaram uma nota em apoio ao STF e aos ministro da corte. “Os integrantes da CPI da Pandemia abaixo-assinados, subscrevem integralmente a decisão anunciada pelo Presidente do STF, Luiz Fux, e se solidarizam com os ministros Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes”, escreveram os senadores.

Fonte: Yahoo!
Foto: Nelson Jr./SCO/STF

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