‘Picareta’ e ‘vagabundo’: Senadores discutem por causa de Bolsonaro na CPI da Pandemia
Os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Jorginho Mello (PL-SC) trocaram xingamentos na sessão da CPI da Pandemia desta quinta-feira (23) e precisaram ser segurados pelos colegas para não se agredirem de fato. O fato ocorreu durante o depoimento do empresário Danilo Trento. Trento é diretor institucional da Precisa Medicamentos e amigo de Francisco Maximiano, dono da empresa.
A discussão começou quando Mello tentou interromper Calheiros para defender o presidente Jair Bolsonaro e o relator protestou dizendo que não havia dado a palavra a ele.
O clima ficou ainda mais tenso quando Calheiros criticou o empresário Luciano Hang. Mello afirmou que o relator devia “lavar a boca” para falar de Hang. Foi quando Calheiros respondeu: “vai lavar a tua (boca), vagabundo”.
Mello chamou, então, Calheiros de “picareta” e “ladrão”.
O relator decidiu descer da mesa para o plenário da comissão e foi contido pelo vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Jorginho Mello, por sua vez, foi segurado pelo senador Eduardo Girão (Podemos-CE).
Depoimento de Luciano Hang é marcado pela CPI da Pandemia
A CPI marcou para a próxima quarta-feira (29) o depoimento do empresário Luciano Hang, dono da Havan.
Além disso, a advogada Bruna Morato, que auxiliou na produção do dossiê contra a Prevent Senior, irá depor à CPI da Pandemia na próxima terça-feira (28). O requerimento para sua participação foi aprovado na sessão desta quinta.
O relatório produzido por médicos que trabalharam na empresa, e que contou com a ajuda da advogada, revela as irregularidades que teriam sido praticadas pela operadora de saúde.
Em depoimento à comissão, o diretor da empresa, Pedro Benedito Batista Júnior, afirmou que as informações que constam no dossiê foram fraudadas.
Fonte: Agência Brasil
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado