William Alemão volta a defender abertura total para bares, restaurantes e casas noturnas
A perda de empregos diretos que atingiu basicamente um universo de 80 mil pessoas em Manaus, além de outros problemas apresentados durante a pandemia de Covid-19, levaram o vereador William Alemão (Cidadania) a pedir novamente que o governo promova a abertura total e não mais parcial de setores como bares, restaurantes, casas noturnas e similares. O assunto foi posto em discussão pelo parlamentar nesta quinta-feira (30/9), na Câmara Municipal de Manaus (CMM), durante audiência pública realizada sobre o assunto, que contou com representantes de instituições governamentais e pessoas ligadas aos referidos setores.
William Alemão revelou que tem sido cobrado pelos colegas empresários e pela própria população, via redes sociais, para que continue a “bater na mesma tecla”, a favor do emprego e da retomada imediata da economia.
Iniciativa, aliás, que vai ao encontro do objetivo da audiência pública: propor medidas de manutenção e recuperação das atividades empresariais em toda a cidade, desde as mais simples, como a venda de um churrasquinho, às consideradas mais complexas, que são os grandes eventos de entretenimento.
William Alemão coordenou os trabalhos da audiência, ao lado do autor da propositura, vereador Rodrigo Guedes (PSC), enquanto presidente da 10ª Comissão de Turismo, Indústria, Comércio, Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (COMTICDETRE/CMM).
“Manaus ainda representa um sonho para muita gente. Em relação à retomada, mesmo sendo massacrados por fiscalizações, impostos, leis e mais leis impostas goela abaixo, sem nenhum tipo de discussão, esse setor de restaurantes, bares e entretenimento representa mais de 80 mil de empregos diretos, cuja parte deles se perdeu com a pandemia. Posso falar por experiência própria: eu demiti 104 funcionários e contratei 23 até agora; estamos num déficit de 80 funcionários, somente numa empresa”, revelou o também empresário William Alemão.
Entendimento
Na quarta-feira (29/9), o vereador já havia participado da tribuna popular sobre a polêmica envolvendo a rabdomiólise ou “doença da urina preta”, em que não só defendeu os feirantes e toda a cadeia produtiva do pescado, como também criticou a onda de notícias falsas difundidas nos quatro cantos da cidade e que têm levado muita gente a não querer comer mais peixe.
“São medidas como essa, eventos como esses (tribuna popular e audiência pública) que ajudam a todo um setor. Muitos vereadores não sabem o que nós (empresários) fazemos. Então, esse entendimento precisa existir”, sugeriu.
Lacre
Segundo Alemão, qualquer medida que venha a ser tomada nesse momento, sem uma grande discussão envolvendo toda a sociedade, pode piorar ainda mais o que já está ruim.
É o caso de um projeto de lei que está prestes a ser votado e aprovado na CMM, que obriga os estabelecimentos a usar lacres invioláveis nas embalagens de alimentos entregues nos domicílios. O parlamentar é contrário à medida, por representar mais prejuízos aos comerciantes.
“O que me deixa assim preocupado em relação à lei, além das sanções previstas, é que o infrator estará sujeito a multa de R$ 600 por embalagem não lacrada, e R$ 1.200 em caso de reincidência. A ideia dessa lei veio depois de algumas reclamações nas redes sociais de entregas feitas e as embalagens totalmente abertas. E eu venho lutando, porque precisa ser feita uma reunião com quem realmente entende do assunto, que são vocês”, disse, referindo-se aos integrantes da audiência pública: Fábio Cunha, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-AM); Gerson Sampaio, presidente da Associação de Entretenimento do Estado do Amazonas (Asseam); Jorge Lima, presidente da Associação Comercial do Amazonas (ACA); Elder Cintra, diretor do Sine Amazonas e representante da Secretaria Municipal do Trabalho, Empreendedorismo e Inovação (Setempi); Jackson Pereira, gerente da área de produtos da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM); Raul Andrade, vice-presidente da Câmara Dirigentes Lojista de Manaus (CDL-Manaus) e Oreni Braga, diretora de Turismo da Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult).
Texto e fotos: Assessoria de Comunicação do vereador