Voz de Zezinho Corrêa é silenciada pela Covid-19
A família de Zezinho Corrêa acaba de confirmar a morte do cantor, ocorrida nas primeiras horas da manhã deste sábado, em decorrência de complicações no organismo provocadas pela Covid-19. O artista amazonense estava internado desde o início de janeiro no hospital Samel e, dois dias depois, foi transferido para um leito de UTI do Prontocord, para dar continuidade ao tratamento.
Alguns integrantes da família de Zezinho, que foram procurados pelo Edição Norte para confirmar a informação, até pensaram se tratar de fake news, mas depois confirmaram tudo e lamentaram a perda.
Zezinho Corrêa tinha 69 anos e fez sucesso na Europa e Brasil nos anos 1990, com o hit “Tic Tic Tac”. No dia 28 de dezembro, o cantor participou do lançamento do livro em homenagem à carreira. A solenidade ocorreu no Centro Cultural Palácio Rio Negro.
Uma das últimas aparições do cantor em nível nacional ocorreu em 2017, quando a banda Carrapicho participou do programa Domingão do Faustão. Na ocasião, Zezinho cantou o Tic Tic Tac e integrou o quadro “Ding Dong” do programa.
Sobre o artista
José Maria Nunes Corrêa, o Zezinho Corrêa, nasceu em Carauari, município do Amazonas. Iniciou a carreira de cantor no teatro, após fazer o curso de formação de ator na Federação das Escolas Federais Isoladas do Estado do Rio de Janeiro (Fefierj). Fez parte do elenco de vários musicais até formar o grupo Carrapicho, que alcançou sucesso mundial quando foi descoberto por Patrick Bruel, da 14 Productions, que fazia filmagens em Itacoatiara (a 70 quilômetros de Manaus).
Bruel se encantou com o ritmo das toadas de Parintins. A música que lançou o Carrapicho na França foi Tic Tic tac.
Em 1996, O Carrapicho partiu em turnê pela Europa. Ganhou discos de Platina Duplo e Ouro na França, Alemanha, Bélgica, Suíça, Polônia, Israel, Líbano, Argentina, Chile, Paraguai e Brasil vendendo mais de 15 milhões de cds.