Projeto ‘Manaus Samba Show’ está de volta neste sábado, no Largo São Sebastião
Criado há 46 anos pelo músico Bopp, o projeto “Manaus Samba Show”, que deu uma pausa por conta da pandemia causada pela Covid-19, retorna neste sábado (26), às 14h, no Largo São Sebastião, ao lado do Teatro Amazonas, Centro da capital amazonense. O projeto trata-se de uma roda de samba que estimula o resgate e preservação da memória de sambas tradicionais que foram sucesso desde a década de 1910,(quando foram gravados os primeiros sambas no Brasil) a 2012.
Bopp conta que durante 36 anos fez uma pesquisa onde conseguiu reunir gravações originais, catalogadas em banco de dados por estilos, digitalizadas e impressas em forma de cadernos.
Ainda de acordo com ele, o projeto consiste num grupo de quatro músicos tocando todos os sábados, em espaço público (Largo), com o intuito de preservar a memória do patrimônio cultural imaterial brasileiro: o samba.
“A ideia é proporcionar entretenimento, lazer e cidadania para sambistas, apreciadores e turistas que visitam o Teatro Amazonas. Todos que passam por lá participam de alguma forma, seja tocando, dançando ou cantando. Esse é o diferencial! Para isso, disponibilizamos cadernos em estantes com todas as letras e as pessoas aprendam o samba tradicional e suas vertentes: samba-canção, samba de breque, samba-choro, samba bossa-nova, samba rock, samba tradicional e samba enredo, cantando junto conosco. Manter a roda de samba viva, todos os sábados, é uma forma de propagar esse ritmo genuinamente brasileiro”, diz ele.
Bopp relembra que o Projeto nasceu em 26 de maio de 1976 no bairro Japiimlândia, zona Sul, com a criação do Grupo Canoeiro, que na época imitava o grupo “Demônios da Garoa”. Mais tarde, mudou-se para o Pagodesc, no Hall do Sesc – Serviço Social do Comércio, na rua Henrique Martins, no Centro de Manaus. Depois, mudou-se para o Reduto do Samba, no núcleo 14 do bairro Cidade Nova. Em 2 de abril de2011, instalou-se no Largo de São Sebastião onde continua até hoje.
Formado inicialmente por Bopp(violão), Ray (cavaquinho), Careca (pandeiro) e Miro (tantã), o projeto é de iniciativa própria e não recebe nenhum recurso financeiro de órgãos públicos. Ele é mantido através de apoio cultural, de forma consciente, de pessoas que frequentam e ajudam a dar continuidade, além de outros que somam trazendo seus próprios instrumentos.