Tratores, ônibus e maquinários são destruídos em área de conflito territorial no Pará
Ônibus, tratores e maquinários foram destruídos por incêndios na manhã desta quinta-feira (21) entre Acará e Tomé-Açú, nordeste do Pará. Na área, existe conflito territorial entre indígenas e a empresa Brasil Bio Fuels (BBF). As informações são do G1.
Agentes da Polícia Militar (PM) foram para a área da empresa. Ao menos três ônibus foram queimados. Todos estariam levando funcionários para o polo industrial da instituição.
Tratores e maquinários da BBF também foram destruídos. O polo industrial foi invadido por cerca de 50 pessoas encapuzadas, de acordo com a empresa. A BFF ainda alega que esse grupo estaria armado e teria causado pânico entre os colaboradores.
Não há informações sobre feridos, e não houve confirmação se há suspeita sobre como o incêndio começou.
As autoridades de segurança estaduais ainda não se posicionaram sobre a situação na região.
Em nota no início da tarde, a BBF informou que estava registrando boletim de ocorrências. A empresa também disse que esse grupo teria se identificado como indígenas da etnia Tembé, e que eles estariam ocupando uma fazenda na região. “A BBF também presta queixa em outra delegacia, desta vez no Acará. Pela manhã, a Sede da BBF foi invadida por 50 pessoas encapuzadas que intimidaram funcionários atirando para todos os lados e causando pânico entre os colaboradores. Os invasores incendiaram 3 ônibus, vários carros, destruíram tratores, maquinários e depredaram o imóvel da empresa. Todos os bens que eles não destruíram acabaram por roubar. Levaram vários tratores, computadores e outros materiais da sede e dos alojamentos”, dizia a nota.
Por fim, a nota da empresa diz: “Os invasores ocupam neste momento a sede do polo industrial da empresa e a fazenda EIKAWA. A BBF aguarda a intervenção das autoridades de segurança, que já foram solicitadas desde às 8h da manhã, para a desocupação da propriedade e manutenção da segurança dos colaboradores”.
No entanto, em vídeos que circulam nas redes sociais, lideranças indígenas negam que tenham agido com violência na área da empresa. No início do mês, um grupo de indígenas também ocupou o polo da BBF.