Cheia já atinge quase 130 mil no Acre
O Acre já tem quase 130 mil pessoas atingidas de alguma forma pela cheia dos rios na capital e no interior do estado. No total, são dez cidades afetadas: Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Tarauacá, Feijó, Sena Madureira, Santa Rosa do Purus, Jordão, Porto Walter, Mâncio Lima e Rodrigues Alves.
O governador do Acre, Gladson Cameli, decretou, na terça-feira (16) situação de emergência devido à cheia dos rios e também pelo surto de dengue, crise migratória na fronteira do Acre com o Peru e a falta de leitos de UTI para pacientes com Covid-19.
A enchente dos rios Acre, Juruá, Envira, Iaco, Purus e outros mananciais, além do transbordamento dos igarapés, atinge centenas de famílias. Esses moradores foram levados para abrigos montados em escolas, igrejas, ginásios, quadras esportivas e barcos. Além dos desabrigados, há várias famílias desalojadas.
Cruzeiro do Sul
Cruzeiro do Sul, a segunda maior cidade do Acre, é a que está em situação pior. Com 30.048 pessoas atingidas pelas águas do Rio Juruá e seus afluentes, o município decretou situação de emergência na segunda-feira (15). O decreto é válido por 60 dias.
Conforme dados da prefeitura, Cruzeiro do tem mais de 200 pessoas desabrigadas e outras mais de 1,2 mil desalojadas, ou seja, que tiveram que deixar suas casas. Mais de 9,5 mil famílias estão atingidas pela cheia.
Neste sábado (20), o Rio Juruá marcou 14,33 metros na medição das 6 horas. O manancial está com 1,33 metro acima da cota de transbordo, que é de 13 metros.
Rio Branco
A capital acreana, Rio Branco, tem 25 mil pessoas atingidas direta e indiretamente pelas águas em 22 bairros. O Parque de Exposições Wildy Viana, que fica no Segundo Distrito, já abriga pelos menos 58 famílias.
Neste sábado (20), o Rio Acre apresentou leve vazante e marcou 15,58 metros. Conforme os dados da Defesa Civil, 75 famílias estão desabrigadas e 128 desalojadas na capital acreana.
Fonte: G1