Estudo antecipa vacinação com CoronaVac em pessoas com comorbidades

Pesquisadores da Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD) e da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), iniciam, na próxima quinta-feira (18), um estudo de antecipação da vacinação com a CoronaVac em pessoas entre 18 e 49 anos com comorbidades. Profissionais de educação e segurança, da rede estadual, farão parte do estudo, que será realizado com a aplicação de 10 mil doses da vacina doadas pelo Instituto Butantan.

A pesquisa, batizada de CovacManaus, vai antecipar a vacinação desses profissionais, lotados em Manaus. O estudo tem financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e é conduzido pela médica infectologista da FMT-HVD e pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação da UEA, Maria Paula Mourão, e pelo médico infectologista da FMT-HVD e especialista em saúde pública da Fiocruz, Marcus Lacerda.

A vacinação dos profissionais será realizada nas dependências da Escola Normal Superior, da UEA. O objetivo principal do estudo é identificar se a antecipação da aplicação da vacina em pessoas com comorbidades terá impacto na prevenção das formas graves da doença, em Manaus, onde predomina a variante P.1 do vírus.

Participantes

Podem participar do estudo servidores efetivos da UEA, da Secretaria de Estado de Educação e Desporto (Seduc) e da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), Polícias Civil e Militar, Detran-AM e Corpo de Bombeiros, com idades entre 18 e 49 anos, que atuam em Manaus.

Os interessados em participar da pesquisa devem preencher o formulário de cadastro e termo de consentimento, no site ipccb.org, e ficar atentos ao cronograma de chamada por grupo etário, que será divulgado no mesmo endereço eletrônico. Haverá dias específicos para cada grupo etário e dias de repescagem para os que não conseguiram comparecer no dia correto.

Os participantes deverão apresentar documento de identificação com foto, que será checado com a lista nominal de servidores, disponibilizada pelas instituições. Aqueles que se declararem com comorbidades devem apresentar laudo médico. Será realizada também uma triagem no local. Gestantes e lactantes não podem participar do estudo, mesmo com liberação médica.

Vacinação

Os participantes que apresentarem comorbidade, comprovada por laudo médico, terão a vacinação antecipada com as duas doses da vacina CoronaVac. Os demais profissionais que se cadastrarem para participar da pesquisa serão acompanhados pela equipe do estudo, com realização de sorologias periódicas, até que sejam imunizados de acordo com o plano de vacinação do município.

“É importante deixar claro que as doses enviadas pelo Instituto Butantan são de lotes diferentes das doses enviadas pelo Ministério da Saúde para a imunização de rotina da população. Essas doses foram produzidas para fins de pesquisa e são embaladas em monodoses, ou seja, cada dose vem no kit com seringa, agulha e conteúdo”, ressalta Lacerda.

Além de financiamento da Fapeam, apoio do Instituto Butantan na doação de vacinas, o estudo conta com parceria da UEA, da Secretaria de Estado da Saúde (SES-AM), da Seduc, da SSP-AM, da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) e da Secretaria Municipal de Saúde de Manaus (Semsa).

Mais detalhes do estudo também serão divulgados nas redes sociais do grupo de pesquisa (@ippccb) e o mesmo contará com uma ouvidoria presencial e virtual (ouvidoria.covacmanaus@gmail.com), para dúvidas, sugestões e críticas.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *