Pia Sundhage analisa adversários da seleção feminina nos Jogos Olímpicos de Tóquio
As seleções brasileiras conheceram, nesta quarta-feira (21), os adversários para os torneios de futebol nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Em relação a equipe feminina, o Brasil terá pela frente as seleções da China, Holanda e Zâmbia, no Grupo F da competição. Se por um lado as chinesas são velhas conhecidas do elenco brasileiro, holandesas e zambianas enfrentarão a canarinho pela primeira vez em olimpíadas.
A estreia do Brasil será no dia 21 de julho diante da China, em Miyagi. Na sequência, a seleção feminina encara a Holanda, no dia 24 de julho, também em Miyagi, e fecha a fase de grupos contra a Zâmbia, em Saitama, no dia 27 de julho.
A técnica Pia Sundhage analisou as adversárias na caminhada pelo ouro olímpico, e projetou confrontos de diferentes estilos durante a primeira fase da competição.
“A China é uma seleção técnica, também um time duro, coeso e agressivo, elas estão se preparando muito para essa competição. A Holanda jogou a final da Copa do Mundo, e sabemos que é um time muito bom, conhecemos todas as jogadoras porque já a vimos muitas vezes. Nesse tipo de partida, as jogadoras das pontas serão muito importantes, tanto na defesa quanto no ataque. E por último, a Zâmbia, que não sabemos muito sobre o estilo ainda e, por esse motivo, é até melhor que não a enfrentaremos no primeiro jogo, e sim, na última partida. Assim, teremos a chance de saber um pouco mais sobre essa seleção africana, mas a minha experiência é que elas são sempre muito fortes, rápidas. Talvez não seja a equipe mais organizada taticamente, mas elas estão se preparando para algumas situações de uma contra uma e cruzamentos na área,”, destaca Pia Sundhage.
Como na Rio 2016, Seleção Feminina enfrentará a China na estreia de Tóquio 2020
Créditos: Ricardo Stuckert / CBF
A sueca também analisou a preparação da seleção feminina para os Jogos Olímpicos e elogiou o período pré-olímpico, quando o Brasil terá a oportunidade de treinar com todo o elenco por algumas semanas antes da competição. Pia ressaltou que, por mais que a seleção não tenha disputado jogos preparatórios na última “Data Fifa, a concentração pré-competição será uma grande oportunidade para afinar o plano de jogo, ou melhor, o DNA brasileiro.
“Nós estamos nos preparando o máximo possível e, como todos sabem, não estamos jogando tantos jogos com a China e a Holanda. Então, em relação aos jogos é um pouco incerto, mas teremos mais uma Data Fifa, e eu espero que tenhamos confrontos. E depois desse período, imagino que teremos uma melhor ideia da qualidade da equipe brasileira. Nós temos ótimos planos para o período pré-olímpico e isso fará a diferença, porque se você é um time coeso e tem uma plano de jogo, você quer trabalhar o seu DNA e, por isso, você precisa treinar muito. Teremos esse período antes das Olimpíadas, e estou muito feliz que esse plano é muito bom”, destaca.
Seleção Feminina comemora vitória diante do Canadá, no Torneio She Believes
Créditos: Sam Robles/CBF
História
Quando se fala de Jogos Olímpicos, Pia tem um capítulo a parte na história da competição. A sueca esteve em todas as seis edições seja como jogadora, técnica ou parte da comissão técnica. Nesses 25 anos, observou de perto a evolução do futebol feminino e, projeta em sua sétima participação, um maior nível técnico e tática das equipes.