Acre é o terceiro entre os estados que mais desmataram a Amazônia, aponta Imazon

Diferentemente do que vinha sendo registrado nos meses anteriores, o Acre ocupou pela primeira vez no ano o terceiro lugar no ranking dos estados que mais desmataram a Amazônia Legal.

Dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) obtidos via Sistema de Alerta do Desmatamento (SAD) mostram que no mês passado o estado desmatou uma área de 236 quilômetros. No mesmo mês no ano passado, essa área era de 267 quilômetros, o que representa uma redução de 12%.

A Amazônia Legal teve 1.606 quilômetros quadrados de seu território desmatado em agosto deste ano. Ainda segundo o Imazon, houve um aumento de 7% em relação a agosto de 2020, quando o desmatamento somou 1.499 km².

O desmatamento no estado acreano representou 15% do total na Amazônia. No ranking dos estados com maior área desmatada, o Pará lidera a lista com a maior parte do percentual (40%), seguido pelo Amazonas (26%).

Apenas dois municípios, Sena Madureira e Feijó, somaram 95 km² de desmatamento, 40% do registrado no estado. Os dados mostram ainda que o Acre teve duas entre as 10 unidades de conservação com as maiores áreas destruídas em agosto, a Resex Chico Mendes e a Resex do Cazumbá-Iracema.

“O Acre apresenta uma dinâmica de desmatamento com áreas menores, mas em grande quantidade. Quando analisamos o mapa de perda de floresta na Amazônia, notamos uma intensidade muito alta de ocorrências de alertas no Acre, especialmente na divisa com os estados do Amazonas e de Rondônia. Isso indica a possibilidade da região estar sendo alvo do avanço da fronteira do desmatamento, que está mais evidente no sul do Amazonas”, explica Antônio Fonseca, pesquisador do Imazon.

Mais de 6,4 mil focos de queimadas

Dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que foram registrados 6.412 focos ativos de incêndios de janeiro até esse domingo (15) no estado.

Apesar de alto, o número é 3% menor que o registrado no mesmo período no ano passado. Já em comparação com 2019, houve um aumento de 11% nos focos de queimadas, quando foram registrados 5.780.

Fonte: G1

Foto: Arquivo/PF-AC

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