Adolescente morto no Igarapé do Franco em Manaus queria ser engenheiro
Morto por afogamento e desaparecido desde o fim da tarde de segunda-feira (12), no Igarapé do Franco, em Manaus, o adolescente Edmundo Alencar da Silva Neto, 16, sonhava em ser engenheiro civil. O estudante cursava o terceiro ano do ensino médio no colégio Dom Pedro Segundo (Estadual), no Centro da capital amazonense, e costumava falar sobre o futuro com os próprios familiares e amigos.
Edmundo era morador do bairro São Jorge, zona Oeste, e nas horas vagas, costumava fazer uma das coisas que mais gostava, que era jogar futebol. Ele era o caçula de oito irmãos (cinco por parte de pai), e ganhou este nome, em homenagem ao avô.
“Meu irmão, Emerson, queria fazer essa homenagem ao nosso pai, que era policial civil e, inclusive, morreu há quatro anos, e aí ficou como Edmundo Neto”, revelou o tio, Edmundo Filho, que mora em Manaus, mas está a serviço em Boa Vista e foi comunicado pela esposa do ocorrido.
A procura pelo corpo do adolescente prosseguiu durante todo o dia desta terça-feira (13). Homens do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) chegaram a intensificar as buscas, mas tiveram dificuldades, por conta da chuva forte registrada na madrugada e, principalmente, do acúmulo de lixo que ficou mais acentuado ainda, devido o início da vazante dos rios.
A possibilidade de utilizar mergulhadores foi descartada pelo oficial responsável da operação no local, capitão João Filho. “A água é muito poluída, a dificuldade é muito grande. Tem muito lixo, fogão, geladeira…”, disse.
Desaparecimento
O desaparecimento ocorreu, quando os jovens brincavam. Edmundo e o amigo Moisés Araújo se jogaram na água para pegar a bola, mas não conseguiram retornar, afogando-se logo em seguida. O fato chegou a ser filmado e compartilhado nas redes sociais, até o momento em que os adolescentes desaparecerem no igarapé.
“Ele era um menino estudioso, bom filho, gostava muito de jogar bola”, frisou Edmundo Filho.
Buscas continuam
Apesar do grande movimento de pessoas à procura por respostas sobre o segundo corpo, o trânsito na Avenida Brasil fluiu sem grandes atropelos. A expectativa é de que tudo esteja resolvido ainda nesta terça-feira. “Vamos aumentar o número de botes militares e continuar com as buscas. Este lugar tem uma profundidade de cerca de sete metros, então, é uma possibilidade de o corpo estar entre as pedras, ou escondido do lado detrás de um desses materiais do lixo”, acrescentou o oficial.
Texto e Fotos: Isaac Júnior/Edição Norte