Augusto Aras critica operação Lava Jato em sabatina no Senado

O procurador-geral da República, Augusto Aras, criticou, durante sua sabatina que ocorre nesta terça-feira (24) no Senado, o que chamou de “pessoalização” das forças-tarefas do Ministério Público. O modelo é adotado na operação Lava Jato.

No mês passado, o presidente Jair Bolsonaro ignorou de novo as indicações da lista tríplice para o comando da Procuradoria-Geral da República e decidiu pela recondução de Augusto Aras ao cargo.

Faziam parte da lista tríplice deste ano: Luiza Frischeisen, Mario Bonsaglia e Nicolao Dino. Todos são subprocuradores-gerais da República. Para ficar mais dois anos à frente da PGR, Augusto Aras precisa do aval do Senado e, por isso, é sabatinado nesta terça pelos parlamentares da comissão de Constituição e Justiça.

“O modelo das forças-tarefas com pessoalização culminou em uma série de irregularidades que vieram a público, tais como os episódios revelados na Vaza Jato, a frustrada gestão de vultosas quantias arrecadadas em acordos de colaborações e em acordos de leniência, por meio de fundos não previstos em lei”, criticou.

Vaza Jato foi como ficou conhecida a ação de vazamento de mensagens trocadas entre os procuradores da operação Lava Jato.

Ainda na sabatina, Aras destacou que reforçava seu dever de “não permitir que o Ministério Público quisesse se substituir ao Poder Legislativo ou ao Poder Judiciário ou ao Poder Executivo”.

“Cumprir a Constituição é compreender a separação dos Poderes, é poder saber que o dever de fiscalizar condutas ilícitas, não dá aos membros do Ministério Público nenhum poder que é inerente aos poderes constituídos e que se encontram definidos no art. 2º como independente e harmônicos entre si”, ressaltou.

 

 

 

 

 

 

Fonte: Yahoo!

Foto: Pedro França/Agência Senado

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