Brasil cai no ranking feminino, apesar do título sul-americano

O Brasil perdeu a liderança do ranking mundial de seleções no vôlei feminino para os Estados Unidos na atualização desta segunda-feira (20). Apesar da conquista do 22º título sul-americano no último domingo (19), a derrota por 3 sets a 1 para a Colômbia, na última rodada do torneio continental, impactou a pontuação brasileira, devido ao algoritmo que leva em conta o placar do jogo, o peso da competição e a força do adversário.

Conforme os critérios adotados pela Federação Internacional de Voleibol (FIVB, na sigla em inglês) desde fevereiro de 2020, o algoritmo calcula probabilidades de resultados em cada jogo com base no histórico das equipes e a situação no ranking. Um triunfo sobre a Colômbia não daria muitos pontos ao Brasil, nem custaria tantos às rivais. O resultado oposto, porém, rendeu uma pontuação alta às colombianas e um desconto também elevado às brasileiras, que caíram para 366 pontos, contra 379 das norte-americanas, campeãs olímpicas em Tóquio (Japão).

A equipe comandada por José Roberto Guimarães chegou à rodada final do Sul-Americano, disputado na própria Colômbia, precisando vencer apenas um set contra as anfitriãs para levantar a taça. Com apoio da torcida no ginásio da cidade de Barrancabermeja, as colombianas surpreenderam e ganharam as duas primeiras parciais (25/19 e 25/23), o que já garantiu o time da casa no Mundial do ano que vem.

O Brasil acordou no terceiro set e levou a melhor, mesmo com sofrimento (26/24), assegurando o título. Mas o nível da atuação seguiu abaixo do apresentado na Olimpíada, quando o time ficou com a medalha de prata. A Colômbia aproveitou para vencer o quarto set (25/23) e conquistar um triunfo inédito na história do confronto pelo Sul-Americano. Comandadas pelo brasileiro Antônio Rizola, as colombianas terminaram o torneio com as mesmas três vitórias e uma derrota do escrete verde e amarelo, ficando atrás pela média de sets ganhos.

“Vamos comemorar esse título e toda a temporada que foi muito especial para o nosso grupo. Passamos por muitos momentos difíceis, e terminar o Sul-Americano com esse título e a vaga do Mundial foi uma conquista. Encerramos felizes e já pensando no próximo ciclo que é Paris [França, sede da próxima Olimpíada, em 2024]”, comemorou a ponteira Gabi, escolhida a melhor jogadora do Sul-Americano, à página da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV).

 

 

 

 

 

 

Fonte: Agência Brasil

Foto: Wander Roberto/COB

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