Brasil exclui área não protegida da conta de captura de carbono e esconde números

De acordo com o Observatório do Clima, o inventário das remissões (captura ou sequestro) de carbono, divulgado pelo governo brasileiro segue uma metodologia que apresenta distorções.

Mesmo depois do anúncio da redução de 50% nas emissões até 2030, prometida há um mês na COP26, na Escócia, o Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovações, responsável pelo levantamento, continua com a mesma fórmula de cálculo, que considera apenas as florestas em áreas protegidas (reservas indígenas e unidades de conservação).

O problema é que o Brasil tem grandes extensões de áreas públicas não protegidas, algo apenas comparável à situação de países africanos. Só no bioma amazônico, elas correspondem a 82 milhões de hectares, mais de 20% do total. É nestas regiões que o desmatamento cresce e a emissão do gás de efeito estufa dispara. A CNN procurou o Ministério, mas ainda não teve retorno.

O Observatório do Clima divulga anualmente o Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), enquanto o governo brasileiro divulga o inventário, dado oficial que servirá para orientar o mercado de carbono, a cada cinco anos.

 

 

 

 

 

 

Fonte: CNN Brasil

Foto: Agência Pará

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