Centro Socioeducativo Dagmar Feitosa resiste ao tempo e chega a 38 anos
O Centro Socioeducativo Dagmar Feitosa, gerenciado pela Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), completou 38 anos de história no dia 12 de março, mas as comemorações ocorreram nesta quarta-feira (31/03). Ao longo desse período, a unidade evoluiu e se reinventou, colaborando para a redução do número de adolescentes cumprindo medida socioeducativa no Amazonas.
O nome da unidade é em homenagem à assistente social Dagmar Feitosa, que dedicou toda a carreira ao trabalho com adolescentes em conflito com a lei. Com a capacidade máxima de 64 internos, a unidade conta atualmente com 14 adolescentes cumprindo medidas socioeducativas. No passado, o número já chegou a 80 socioeducandos.
A secretária titular da Sejusc, Mirtes Salles, destacou que juntamente ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e às diretrizes do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), a pasta promove o cumprimento da medida socioeducativa de internação.
“Antes, os direitos de muitos adolescentes não eram acessados dentro das unidades socioeducativas. Hoje, em cumprimento ao ECA e ao Sinase, a realidade é totalmente diferente. Estamos sendo referência para o Brasil pelo nosso trabalho desenvolvido”, informou.
De acordo com a secretária executiva dos Direitos da Criança e do Adolescente da Sejusc, Edmara Castro, o sistema socioeducativo ao longo desses 38 anos, passou por muitas mudanças e evoluiu no desenvolvimento de suas funções, oferecendo cursos, projetos e atividades para os adolescentes.
“O bom desempenho se dá devido ao desenvolvimento de projetos e programas com esses adolescentes durante e pós-medidas socioeducativas, pois, é através dessas atividades que os meninos e meninas evoluem e se preparam para a sociedade para, assim, terem uma vida diferente de quando ingressaram no centro. É por meio desses projetos e programas que nós trabalhamos a evolução desse adolescente, para quando ele saia do sistema ele tenha uma vida diferente”, afirmou.
Nova visão
Com quatro meses de cumprimento de medidas no Centro Socioeducativo Dagmar Feitosa, o adolescente Carlos (nome fictício) de 16 anos, revela que sua vida mudou completamente com as oportunidades oferecidas na unidade. De acordo com ele, o medo que existia ao entrar no sistema não existe mais.
“Antes de entrar no Dagmar, eu achava que era um lugar horrível, mas não é assim, hoje em dia estou pedindo para ficar, pois é uma grande oportunidade de crescer e conseguir algo na vida. Todas as coisas que aprendemos aqui, nos fazem evoluir e ser pessoas diferentes”, disse.