Cinco atores de Hollywood que defendem o socialismo
A indústria de Hollywood é uma das mais endinheiradas da maior potência capitalista do mundo, os Estados Unidos. Por isso, não deixa de ser surpreender quando vemos atores, com todas as benesses das suas ricas contas bancárias, defendendo abertamente o… socialismo.
Sim, eles existem e têm ótimos motivos para defender um modelo de sociedade mais justo e igualitário. Abaixo, mostramos quem são os artistas que não fecharam os olhos para a desigualdade no mundo e emprestaram as suas vozes para a causa.
Jim Carrey
Em edição do programa “Real Time With Bill Maher”, da HBO, em 2018, o ator se dirigiu diretamente ao Partido Democrata dos Estados Unidos e fez um apelo. “Precisamos dizer sim ao socialismo: à palavra e a tudo (que ela significa)”. Condenando os republicanos que diziam que “os Estados Unidos corriam o risco de virar uma Venezuela” (já ouviu este discurso em algum lugar?), ele deu o exemplo do sistema de saúde público do Canadá, país onde nasceu. “Eu cresci no Canadá, ok? Lá nos temos a medicina socializada. Estou aqui para condenar essa ideia que serviços públicos são um fracasso. Não é um fracasso no Canadá. Eu escolhi meus próprios médicos. Minha mãe nunca pagou por uma receita. Foi fantástico”, lembrou.
Russel Brand
Ex-marido de Katy Perry, o comediante já defendeu o socialismo abertamente em entrevista à BBC. E até pediu uma revolução. “Uma revolução socialista, em nome de um sistema igualitário, baseada na dignidade. Estou pedindo uma mudança, uma alternativa genuína. O planeta está sendo destruído, estamos explorando os pobres pelo mundo, enquanto os problemas importantes não estão sendo resolvidos. Vai haver uma revolução, não tenho qualquer dúvida”, invocou.
Kirk Douglas
Motivado pela paranoia da Guerra Fria, os Estados Unidos colocaram em prática nos anos 1950 uma série de medidas políticas para combater o comunismo. Foi a época do macarthismo, nome dado por causa do líder do movimento, o senador republicano Joseph McCarthy. Nessa época, atores, diretores e produtores de Hollywood que ao menos parecessem esquerdistas entravam na “lista negra” (que incluiu até mesmo Charles Chaplin) do governo. Indignado com a perseguição ao seus amigos, Kirk Douglas idealizou, em 1960, o filme épico “Spartacus”, baseado no romance épico de Howard Fast, que inspirou a luta de revolucionários socialistas do mundo todo, como Rosa Luxemburgo. Desafiando a lista negra, Douglas, morto em 2020, fez mais do que filmar a história de um soldado se volta contra os seus opressores; ele convidou Dalton Trumbo, um dos profissionais de cinema mais ligados ao comunismo no país, para ser roteirista do longa. No fim, “Spartacus” foi um grande sucesso, venceu quatro Oscar e ajudou a desmontar a “lista negra” do macarthismo no país.
Danny DeVito e Susan Sarandon
Grande apoiador do democrata Bernie Sanders, o ator de “It’s Always Sunny in Philadelphia” defendeu o socialismo democrático em vídeo de apoio ao pré-candidato à presidência dos Estados Unidos. “Um sistema político que invista em ciência e pesquisa, com dinheiro dos impostos dos cidadãos”, disse o ator. No mesmo vídeo, Sarandon também defende: “socialismo democrático são as suas crianças em uma escola pública”.