Cuidado! Exagerar no álcool nas festas de fim de ano pode prejudicar os rins
A maioria das pessoas não perde a oportunidade de extravasar e beber todas no fim do ano. A data pede uma comemoração mais animada, mas você não pode esquecer da saúde. Segundo o urologista Flávio Antunes, o consumo exagerado de álcool pode trazer o risco de disfunção renal em homens jovens.
“O consumo de bebida em excesso pode trazer diversos problemas de saúde, principalmente, afetando o fígado que é o órgão responsável por metabolizar o álcool. Ele também pode irritar a mucosa do estômago e causar alteração no intestino prejudicando a absorção de nutrientes. Os rins, responsáveis pela filtragem final do etanol, também acabam sofrendo”, destaca o médico.
Ainda conforme Antunes, pessoas com tendência à insuficiência renal devem ter ainda mais prudência quando o assunto é o consumo de bebidas alcoólicas.
“Elas devem ter cuidado por duas razões: elas têm que controlar tanto a quantidade de líquido quanto de potássio ingeridos diariamente. Quem elimina o excesso dessas substâncias em nosso corpo são os rins. E quando esses órgãos estão com o funcionamento comprometido, sentimos as consequências. No fim do ano é comum o consumo de espumantes e cervejas: os dois vilões do alto índice de potássio”.
O médico ainda alerta para o uso de cerveja sem álcool. Segundo ele, a bebida também possui uma grande quantidade desse nutriente e também pode afetar os rins. A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) estima que 1 em cada 10 pessoas no Brasil sofre de cálculo renal. Essa condição é mais comum entre adultos jovens, entre os 20 a 35 anos, e mais frequente em homens. Em casos onde a ingestão da bebida alcoólica é acima do normal, a incidência da doença aumenta, destaca Flávio Antunes.
“Vale lembrar que o abuso da substância está também associado a elevação do risco de acidentes domésticos e de trânsito, aumento da agressividade e piora da qualidade de vida. Cerca da metade das pessoas que têm o cálculo renal pode ter um novo episódio de cálculo ao longo dos 10 anos seguintes e, por isso, a prevenção é muito importante”.