‘Defendemos os direitos humanos’, diz Joachim Loew ao apoiar protesto

Os jogadores da Alemanha adotaram um posicionamento importante ao mostrar apoio aos operários imigrantes que constroem os estádios da Copa do Mundo de 2022 no Catar, e o técnico Joachim Loew disse que a seleção defende os direitos humanos, “não importa o local”.

A Alemanha se alinhou antes de sua primeira eliminatória do Grupo J contra a Islândia, em Duisburg, vestindo camisas com a mensagem “Direitos Humanos”.

A Noruega fez um protesto semelhante na quarta-feira (24) antes de sua partida em Gibraltar, quando os jogadores apareceram com camisas com a mensagem “Direitos humanos, dentro e fora de campo”.

Técnico da seleção da Alemanha, Joachim Loew
“Defendemos os direitos humanos, não importa o local. Estes são nossos valores”, disse Loew,  após a vitória da Alemanha por 3 a 0 sobre a Islândia pelas Eliminatórias – Reuters/Ralph Orlowski/direitos reservados

A iniciativas vêm na esteira de uma reportagem do jornal britânico The Guardian que disse que, segundo seus cálculos, ao menos 6.500 operários imigrantes morreram no Catar desde que o país conquistou o direito de sediar o Mundial de 2022, dez anos atrás.

Loew disse que soube do plano de seus jogadores para protestar, mas que não foi a “mola propulsora”.

“Os jogadores desenharam tudo nas camisas. Era para ser o primeiro pronunciamento nosso, do time”, disse. “Defendemos os direitos humanos, não importa o local. Estes são nossos valores. Portanto, foi um pronunciamento muito bom e importante.”

Na qunta-feira (25), um porta-voz do Comitê Supremo de Cumprimento e Legado, os organizadores da Copa do Mundo do Catar, disse que “sempre foram transparentes sobre a saúde e a segurança dos operários”.

“Desde que a construção começou, em 2014, houve três fatalidades relacionadas ao trabalho e 35 mortes não relacionadas ao trabalho”.

 

 

Fonte: Agência Brasil

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