Em Aparecida, arcebispo critica armas e notícias falsas: ‘Para ser pátria amada não pode ser pátria armada’

Durante o sermão da missa das 9h, no Dia de Nossa Senhora Aparecida, o arcebispo de Aparecida (SP), Dom Orlando Brandes, fez críticas ao armamento da população e ao espalhamento de notícias falsas.

Sem citar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o arcebispo reprovou a ideia de armas a população e afirmou que “para ser pátria amada, não pode ser pátria armada”.

“Para ser pátria amada seja uma pátria sem ódio. Para ser pátria amada, uma república sem mentira e sem fake news. Pátria amada sem corrupção. E pátria amada com fraternidade. Todos irmãos construindo a grande família brasileira”, disse Dom Orlando Brandes durante a missa da manhã.

O arcebispo de Aparecida também falou sobre as mais de 600 mil vítimas das Covid-19 no país, exaltou a vacina e a ciência. “Mãe Aparecida, muito obrigado porque na pandemia a senhora foi consoladora, conselheira, mestra, companheira e guia do povo brasileiro que hoje te agradece de coração porque vacina sim, ciência sim e Nossa Senhora Aparecida junto salvando o povo brasileiro.”

As falas de Dom Orlando Brandes também vão na contramão do posicionamento do presidente Jair Bolsonaro, que rejeitou a vacina em diversas ocasiões – até hoje, o presidente afirma não ter se vacinado contra a Covid – e optou por defender o chamado “tratamento precoce”, comprovadamente ineficaz contra a doença e criticado por cientistas.

Entre os presentes na cerimônia, estavam dois ministros do governo Bolsonaro: Marcos Pontes, da Ciência e Tecnologia, e João Roma, da Cidadania.

Outras críticas

Não é a primeira vez que Dom Orlando Brandes faz críticas à direita. Em 2019, ele se opôs ao que chamou de “dragão do tradicionalismo” e afirmou que “a direita é violenta e injusta”.

Já em 2020, o arcebispo reprovou as queimadas que acontecem na Amazônia e no Pantanal.

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Yahoo!

Foto: Reprodução

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