Empresas terão de explicar publicações sem evidências científicas contra a Covid-19

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia aprovou hoje (23) a convocação de representantes do Facebook e do Google, de forma a avançar nas investigações sobre a divulgação de informações sem embasamento científico, relacionadas ao combate à pandemia. Com a convocação, os senadores pretendem obter, dessas empresas de tecnologia, detalhes sobre o motivo de elas não terem retirado do ar conteúdos que divergem daquelas que têm, por base, evidências científicas para evitar a propagação da covid-19.

A CPI aprovou também a quebra de sigilo de empresas ligadas a Carlos Wizard e de organizações sociais que atuam na área da saúde, no Rio de Janeiro. Outro item aprovado foi a realização de depoimento secreto do ex-governador do RJ, Wilson Witzel, após denúncia feita por ele, em outra sessão da CPI, na qual relatou supostas intervenções do governo federal no combate à pandemia.

Também foram aprovadas resoluções visando a investigação de contratos assinados entre o Ministério da Saúde e a empresa Precisa Medicamentos, que é representante da importadora da vacina indiana Covaxin no Brasil. Um outro requerimento aprovado pela comissão, apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), pede ao Tribunal de Contas da União (TCU) que faça uma auditoria nos gastos da União com as passeatas organizadas por motociclistas, que contaram com a participação do presidente Jair Bolsonaro.

Rodrigues disse, durante a audiência de hoje, que apresentará um requerimento pedindo a prorrogação dos trabalhos da CPI, que foi instalada em 27 de abril com prazo prorrogável de 90 dias. A CPI voltará a se reunir nesta quinta-feira (24) às 9h30.

 

 

 

Fonte: Agência Brasil

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

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