Ex-atleta olímpica Hashimoto é escolhida como nova chefe da Olimpíada

A japonesa Seiko Hashimoto, que participou de sete Olimpíadas, comunicou nesta quinta-feira (18) que foi escolhida como presidente do comitê organizador da Tóquio-2020, substituindo um homem que renunciou depois de causar furor com comentários sexistas.

Yoshiro Mori, ex-primeiro-ministro de 83 anos, deixou o cargo de presidente da Tóquio-2020 na semana passada depois de dizer que as mulheres falam demais, mais um revés para um evento já ofuscado por um adiamento de um ano e uma oposição pública forte por causa da pandemia do novo coronavírus (covid-19).

Hashimoto anunciou sua escolha pouco depois de apresentar sua demissão de ministra de gabinete ao premiê, Yoshihide Suga, que a incentivou a realizar uma Olimpíada bem-sucedida.

“Eu, Seiko Hashimoto, fui selecionada como chefe do comitê organizador da Olimpíada e da Paralimpíada de Tóquio”, disse ela em uma reunião na qual foi escolhida como a nova chefe. “Como estou assumindo uma responsabilidade tão séria… sinto que preciso me preparar.”

Hashimoto enfrenta uma série de questões difíceis, como se encarregar de um dos maiores eventos esportivos do mundo menos de meio ano antes de seu início e proteger atletas e autoridades do coronavírus.

Nascida pouco dias antes de o Japão sediar os Jogos de Verão de 1964, Hashimoto participou de quatro Olimpíadas de Inverno como patinadora de velocidade e de três Olimpíadas de Verão como ciclista.

Seu nome vem de uma letra chinesa que significa ‘chama olímpica’, e ela fez jus a ele se tornando a japonesa que participou do maior número de Olimpíadas.

Parlamentar de 56 anos do partido governista japonês, ela atuou como ministra da Olimpíada, e ainda fez as vezes de ministra do Empoderamento Feminino, de 2019 até sua renúncia nesta quinta-feira (18).

Suga provavelmente nomeará Tamayo Marukawa, ex-anunciante de televisão e parlamentar do partido governista, para o posto de Hashimoto, noticiou a emissora pública NHK. Marukawa, de 50 anos, já ocupou o cargo durante cerca de um ano.

Os critérios para a nova liderança do comitê organizador incluíram uma compreensão profunda da igualdade de gênero e da diversidade, além da capacidade de praticar estes valores durante os Jogos, disseram organizadores.

O evento deve começar no dia 23 de julho, apesar de diversas pesquisas de opinião terem mostrado que a maioria dos cidadãos é contra sua realização neste ano por causa da pandemia.

 

Fonte: Agência Brasil

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