Julgamento relacionado a caso de feminicídio em Manaus prossegue nesta sexta-feira

A 2.ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus deu início, nesta quinta-feira (2/12), ao julgamento da ação penal que tem como réu Ivan Rodrigues Chagas. Ele é acusado de matar a companheira, Jerusa Helena Torres Nakamine, em abril de 2018. Realizada no Fórum de Justiça Ministro Henoch Reis e presidida pela juíza de Direito Ana Paula de Medeiros Braga Bussulo, a sessão prosseguiu durante todo o dia, mas foi suspensa às 20h, após depoimento das seis testemunhas de acusação.

Para esta sexta-feira (3/12) estão previstos os depoimentos das cinco testemunhas de defesa, assim como o  interrogatório do réu. Os trabalhos serão retomados às 9h.

O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE/AM) destacou duas promotoras de justiça para atuar na acusação: Márcia Cristina de Lima Oliveira e Clarissa Moraes Brito. O advogado Anielo Aufiero trabalha como assistente da Promotoria. Os advogados Eguinaldo Gonçalves de Moura, Camila Alencar de Brito e Maurílio Sérgio Ferreira Costa Filho ficam na defesa do réu Ivan Rodrigues Chagas.

Pela manhã, a juíza Ana Paula Bussulo abriu os trabalhos comunicando à defesa e ao Ministério Público sobre os requerimentos possíveis. Em seguida, iniciou-se o sorteio dos sete jurados, com o Conselho de Sentença sendo formado por cinco mulheres e dois homens. A denúncia do Ministério Público foi lida logo em seguida.

A oitiva das testemunhas começou com a perita da Polícia Civil do Estado do Amazonas, Gisele Moreira. A defesa requereu a suspeição dessa testemunha alegando que a mesma teria divulgado no canal dela, na internet, detalhes do caso, o que foi contestado pelas promotoras e pelo assistente da acusação. A juíza manteve a oitiva, que começou às 10h.

Tarde

A sessão foi retomada com o depoimento do delegado Carlos Augusto Monteiro, que conduziu o inquérito policial sobre o crime. O depoimento dele foi encerrado às 13h46.

Em seguida começou o depoimento de Camila da Silva Nakamine da Rocha Oliveira, sobrinha da vítima. Segundo ela, os familiares orientaram Jerusa a procurar a autoridade policial acerca das agressões que sofria. “O Ivan dizia a ela que se procurasse a polícia e denunciasse, poderia prejudicar a imagem da empresa”, disse Camila, que respondeu às perguntas até 14h45.

O depoimento da testemunha Alice Nakamine teve início às 14h56 e terminou quase uma hora depois. Na sequência, seguiu-se o depoimento de Maria José Nakamine Bessa.

Por volta das 16h50, a juíza teve de suspender a sessão para atendimento ao réu, que alegou não se sentir bem e foi atendido pela equipe médica do TJAM. O júri foi retomado com o depoimento da testemunha Maria José Nakamine Bessa.

 

(*) Com informações da Assessoria

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