Ministério da Saúde confirma mais 40 mil vacinas para o Amazonas

O Ministério da Saúde anunciou na manhã desta segunda-feira (1º), que enviará ao Amazonas na próxima semana, uma cota extra de 40 mil vacinas. Desse total, dois terços (quase 27 mil) do produto serão destinados exclusivamente para Manaus. De acordo com o assessor especial do órgão, Airton Cascavel, o novo lote será composto da vacina CoronaVac e deverá estar disponibilizado até a próxima quarta-feira (3), pelo Instituto Butantan, em São Paulo.

A medida tem o objetivo de fazer com que o processo de imunização das pessoas idosas avance rapidamente, nos próximos dias, tanto na capital quanto no interior do estado, e visa beneficiar pessoas como o aposentado Isaac Nogueira (foto), de 86 anos, que faz parte do grupo prioritário acima dos 80 e se vacinou na manhã desta segunda-feira (1º), na unidade da Universidade Paulista (Unip), de Manaus.

“O Amazonas já recebeu 452 mil vacinas, grande parte destinada à população indígena. A  cota extra, que é o fundo nacional criado por determinação do ministro (Eduardo Pazuello), é para atender aos idosos, porque 70% das mortes ocorridas no Amazonas,  são de pessoas que estão acima dos 60 anos de idade. Dessa 452 mil vacinas, 130 mil foram extra, para ampliar a vacinação dos profissionais da saúde e, principalmente, dos idosos. Já no novo lote, que já está ficando pronto no dia 3, no Butantan, nós teremos uma cota extra de mais 40 mil vacinas, com dois terços disso para Manaus. Isso permitirá que avancemos rapidamente na imunização das pessoas idosas”, explicou o assessor, durante entrevista a uma rádio local.

Dentro do plano estratégico nacional de usar a vacina como instrumento de controle da qualidade e transmissibilidade da pandemia, Airton Cascavel informou que a previsão é de que aproximadamente 300 mil novas vacinas sejam encaminhadas ao Amazonas até o fim de Março, para que toda a população idosa do estado seja vacinada no período.

“As primeiras cem mil foram da Astrazeneca, e as próximas serão da CoronaVac”, adiantou o assessor. Ele reforçou também reforçou os cuidados que as pessoas devem manter, após a imunização.

“O ato de vacinar não significa que as pessoas não pegarão mais vírus. Após a vacinação, não podem sair no dia seguinte para aglomerações, sair para a balada… É preciso entender que o efeito dela começa 44 dias depois da Corona Vac, e 14 dias depois da Astrazeneca.  De concreto, significa que essa vacina fará com que os efeitos da doença, do vírus, sejam  reduzidos em 50,4%, no caso da CoronaVac, e em 70%, na Astrazeneca”, ressaltou.

Outras frentes

Airton Cascável lembrou que o Ministério da Saúde tem apoiado o estado do Amazonas em outras frentes, além da vacina, como a remoção de pacientes para outros centros. Segundo ele, até o momento, cerca de 360 pessoas já foram removidas, com a utilização de dois vooes  da Força Aérea Brasileira, com o apoio do Ministério da Defesa.

Na próxima sexta-feira (5), 75 pacientes ortopédicos vão ser encaminhados num voo contratado pelo Ministério da Saúde para o Rio de Janeiro, o que fará com que 75 leitos sejam disponibilizados em Manaus, de acordo com o assessor.

“Levaremos outros também para o Inca (Instituto Nacional do Câncer), no Rio de Janeiro, de grupos que não são Covid. É uma estratégia para abrir novos leitos”, justificou.

Oxigênio

O Ministério da Saúde continuará trazendo cilindros de oxigênio para o Amazonas, nas próximas semanas. Atualmente, o transporte do produto é feito por meio de oito carretas, em ponte aérea de Brasília para Manaus, numa ação contínua feita até agora, conforme explicou o assessor.

UBS

A ampliação das Unidades Básicas de Saúde (UBS), por parte da Prefeitura de Manaus, também foi destacada por Airton Cascavel, como importante nesse processo de enfrentamento à Covid-19.

Na última sexta-feira (29), o prefeito David Almeida apresentou 15 dos 108 médicos enviados pelo governo federal para reforçar o atendimento nas UBS da capital amazonense. Na ocasião, o chefe do executivo também anunciou o credenciamento, pelo Ministério da Saúde, de mais 27 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), para o atendimento exclusivo de síndromes gripais e Covid-19.

“Nós colocamos à disposição do prefeito, por sua solicitação, todo uma reestruturação do Sistema Único de Saúde (SUS), e a resposta foi dada pela prefeitura em apenas 15 dias. Ela se mobilizou e está reestruturando a saúde básica de Manaus. Não faz sentido a capital do Amazonas ter apenas 18 UBS atendendo na Covid, enquanto temos dez vezes mais UBS. Nos primeiros 15 dias, a prefeitura já está triplicando essa capacidade e começa a dar resultado”, finalizou.

 

Texto: Isaac Júnior e Valdete Araújo/Edição Norte

Foto: Divulgação

 

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