“O Hospital Primavera comunica, com pesar, que a cantora, Paula de Menezes Nascimento Leca Viana, Paulinha Abelha, faleceu hoje às 19h26 em decorrência de um quadro de comprometimento multissistêmico. Nas últimas 24 horas apresentou importante agravamento de lesões neurológicas, constatadas em ressonância magnética, e associada a coma profundo.Foi então iniciado protocolo diagnóstico de morte encefálica, que confirmou hipótese após exames clínicos e complementar específicos”, diz o comunicado.

Ela foi internada na UTI de um hospital de Aracaju, em Sergipe, no último dia 11 de fevereiro com um quadro de infecção. No dia 17 de fevereiro, a cantora foi transferida para o Hospital Primavera, já em coma, e ficou sob os cuidados das equipes médicas de terapia intensiva, neurologia e infectologia.

De acordo com boletins médicos divulgados pela equipe da artista, ela precisou passar por uma terapia renal substitutiva e uma terapia dialítica antes da piora irreversível de seu estado de saúde.

Causas da morte

O Hospital Primavera, de Aracaju, realizou uma coletiva de imprensa nesta terça-feira (22) para falar do estado de saúde de Paulinha Abelha. De acordo com a equipe médica, ela seguia em coma grave e profundo, com quadro de inflamação da membrana que envolve o cérebro, além de disfunção renal e hepática. A notícia inicial de que a artista estaria com algum tipo de bactéria do cérebro foi desmentida.

“Na UTI a gente tinha duas vertentes: dar suporte às falências orgânicas para que não continuassem progredindo, porque ela já tinha disfunção renal e hepática. E tinha um quadro neurológico em coma profundo sem nenhum tipo de reflexo e resposta. […] Repetimos a ressonância cerebral para tentar identificar o motivo do coma. Outros exames clínicos e neurológicos também foram realizados. De sexta-feira para cá o quadro neurológico segue inalterado. A alteração que conseguimos identificar na ressonância foi um quadro de inflamação da membrana que envolve o cérebro”, declarou um dos médicos responsáveis pelos cuidados de Paulinha.

De acordo com o médico, a equipe seguia investigando a parte neurológica da cantora. “Têm exames que descartaram e confirmaram algumas coisas e outros ainda estamos esperando”, completou. “A pergunta que fazemos aqui no dia a dia é: quais as justificativas de uma pessoa estar na escala mais baixa que você pode ter em uma escala de coma”, disse outro profissional da equipe.