Problemas emocionais podem causar riscos à saúde sexual, e vice-versa, alerta especialista
O desempenho sexual desequilibrado, como é o caso da perda da virilidade, pode afetar diretamente a saúde mental masculina, ou vice-versa, é o que alerta o urologista Flávio Antunes. O papel que ela desempenha na função sexual de uma pessoa não deve ser subestimado. Pesquisas de entidades de todo o mundo têm mostrado consistentemente associações entre disfunção sexual e condições de saúde mental, como depressão e ansiedade.
Segundo Flávio Antunes, isso acontece porque muitos homens tornam o assunto um tabu e deixam de se cuidar. O cérebro tem uma função importante na ereção. Quando o homem já está com problemas de baixa autoestima, isto pode acarretar distúrbios vários distúrbios, dentre eles os relacionados com q vida sexual. Nesse mês, os profissionais da saúde participam da Campanha Janeiro Branco – que estimula a compreensão sobre os riscos dos danos emocionais.
“Muitos me perguntam o que a saúde mental tem a ver com a Andrologia, e eu sempre respondo: tudo! A sexualidade é um dos assuntos mais importantes para o homem e enfrentar problemas com a virilidade afeta diretamente a saúde mental dele, que culturalmente tem o estereótipo de ser viril. A masculinidade é algo levado muito a sério pelos homens e a maioria não sabe lidar quando descobre uma disfunção erétil, por exemplo”
Além de fatores psicológicos, outros motivos podem levar à disfunção erétil, como hipertensão arterial, obesidade, diabetes, colesterol alto e tabagismo. Essas doenças dificultam o fluxo sanguíneo na região do pênis, impossibilitando a ereção. Por outro lado, alguns homens com ansiedade veem um aumento no desejo sexual. Em casos mais graves, segundo Flávio Antunes, ela também pode levar a comportamentos sexuais compulsivos. Por isso, a importância de manter o corpo e a mente saudáveis.
“São várias condições que podem alterar a saúde mental e a saúde do homem como um todo. Há também casos de depressão, que é uma condição que pode levar à perda de interesse em atividades que a pessoa anteriormente gostava, como no sexo. Ela começa a sentir fadiga, apatia, baixa autoestima, diminuição da energia, diminuição do desejo sexual e incapacidade de sentir prazer. Todos esses sintomas podem ter um grande impacto na sexualidade contribuindo para a disfunção sexual. Ir ao urologista para fazer um acompanhamento médico da disfunção erétil ou outras doenças é muito importante, mas o homem também não pode esquecer de cuidar da mente. Procurar também um psicólogo ajuda a enfrentar os desafios do tratamento”, indica Antunes.
O tratamento da disfunção erétil demanda mudanças no estilo de vida do paciente. A prática de exercícios físicos regulares e uma alimentação equilibrada são alguns deles, incluindo o tratamento medicamentoso.