Psol suspeita de compras de volta na eleição da Câmara e pede providências
O PSOL pediu ao Tribunal de Contas da União (TCU) e à Procuradoria-Geral da República (PGR) que investiguem uma possível compra de votos na eleição para as presidências da Câmara e do Senado.
O partido entrou com uma representação no TCU e na PGR contra a liberação, por parte do governo federal, de R$ 3 bilhões em obras a 285 parlamentares.
Segundo matéria do Estadão, publicada na quinta-feira (28), o Executivo destinou R$ 3 bilhões para 250 deputados e 35 senadores aplicarem em obras em seus redutos eleitorais,
“Diante de tão severa crise sanitária que o pais passa, é indispensável que os recursos públicos sejam utilizados estritamente dentro de critérios técnicos, e não em troca de apoios político-partidários. É ilegal e imoral trocar verbas públicas por apoios políticos”, diz trecho do documento.
A bancada aponta que o esquema pode ser enquadrado em prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência, além de improbidade administrativa.
“Jair Bolsonaro busca eleger seu aliado Arthur Lira como presidente da Câmara para impor uma agenda de ainda mais retrocessos para o Brasil. Para alcançar esse objetivo e facilitar a própria reeleição, está se valendo das práticas mais espúrias. Trata-se de um mega esquema de compra de votos de deputados que custará ao país cerca de 3 bilhões de reais. Dinheiro que pode definir os rumos de uma eleição decisiva para o país”, afirmou a líder do PSOL, deputada Sâmia Bomfim.
O presidente Jair Bolsonaro tem sido acusado de interferência na disputa para as presidências da Câmara e do Senado. Além da liberação de emendas, o governo tem negociado cargos e coagido parlamentares.
Fonte: Yahoo
Foto: Câmara dos Deputados