Quando o exagero na harmonização facial causa o arrependimento?
Um dos assuntos mais comentados sobre a Harmonização Orofacil (HOF) é referente as mudanças bruscas que algumas pessoas fazem, principalmente artistas, e que são duramente criticadas. Alguns acabam por reverter o procedimento, mas o que, de fato, pode ou não pode ser revertido?
Entre os artistas arrependidos podemos citar Lucas Lucco, Gabi Martins, Mariana Goldfarb e Carlinhos Maia. Segundo Cynthia Cardoso, mestre em Ortodontia, especialista em Harmonização Orofacial e professora de pós-graduação na StarClass Cursos, escola especializada em harmonização facial, é possível reverter a maioria dos procedimentos estéticos feitos por meio da harmonização facial.
“Se o procedimento não for definitivo e o material utilizado não for permanente, é possível fazer a reversão. A vantagem de usar ácido hialurônico durante esses tratamentos é a reversibilidade. Se a pessoa não gostar do resultado é possível remover o produto. Portanto, antes de fazer algo radical é possível ‘testar’ com um produto seguro que garante a possibilidade de ser removido’.
Ainda segundo a especialista, antes de decidir pela HOF, o paciente deve observar todos os detalhes, questionar o profissional e não fazer todos os procedimentos de uma vez só.
“Menos é mais. Fazer aos poucos é o melhor a ser feito por vários motivos. Primeiro é um teste de resultado, outro ponto importante é saber que os tecidos vão acomodando e respondendo ao tratamento. Grandes transformações não são feitas nessa sessão única. Existem técnicas combinadas que proporcionam um efeito mais natural. A pessoa precisa inicialmente se reconhecer no novo rosto desejado. Esse planejamento deve combinar o desejo do paciente e o objetivo de imagem que a pessoa almeja. Como a pessoa quer parecer? Qual o impacto que a pessoa deseja atingir? Vai melhorar o trabalho? O relacionamento? São perguntas profundas, de autoconhecimento”.
Quais os principais procedimentos reversíveis?
Os preenchedores de ácido hialurônico são reversíveis e têm uma durabilidade de 8 a 18 meses dependendo da região e característica do produto. No mercado existe uma variedade de marcas à escolha. Outros produtos permanentes ou semipermanentes têm sua indicação em áreas específicas. Devem ser usados com cautela, um profissional habilitado vai poder orientar sobre qual tipo de produto, efeitos desejados, durabilidade e risco de complicações.
“O paciente precisa saber qual produto está sendo injetado, quantidade, marca e obviamente exigir produtos com Anvisa. O objetivo dessas informações é facilitar a resolução de problemas no caso de uma complicação”.
Segundo Cynthia Cardoso, produtos permanentes, como é o caso do PMMA, é preciso remover cirurgicamente no caso de complicações. Ela orienta sobre qual o trabalho deve ser feito com os pacientes ainda indecisos sobre a harmonização facial.
“É necessário ter uma conversa franca. Esse é o primeiro passo. Além disso, o profissional deve passar a segurança que o paciente precisa, respeitar profundamente as vontades dele, porém, ele deve reconhecer e indicar os limites. Imagens distorcidas são reflexos de dores mais profundas e isso precisa ser muito conversado, pois o objetivo do profissional deve ser despertar o melhor”.