Reunião discute medidas para baixar preço dos alimentos
O governo federal vai se reunir nesta quinta-feira (6) pela manhã para discutir medidas para baixar o preço dos alimentos.
A reunião será coordenada pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, com os ministros Carlos Fávaro (Agricultura), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e representantes do Ministério da Fazenda.
A questão é uma das principais preocupações do presidente Lula no momento, porque tem um grande impacto em como a população enxerga o governo. Segundo especialistas, esse é um dos fatores que contribuem para a crise de popularidade que o Executivo enfrenta atualmente.
No encontro desta quarta, Alckmin irá avaliar as medidas propostas ao longo da semana passada por setores da economia, como produtores rurais e proprietários de supermercados, enviadas aos ministros.
Depois da reunião técnica, Lula deve chamar sua equipe para tentar definir o que pode ser adotado para baixar os custos de alimentação, o principal fator de desgaste para o governo do petista, que enfrenta um período de desaprovação maior que sua aprovação por parte dos cidadãos.
Alternativas propostas
Os produtores e supermercados listaram medidas que podem atenuar o custo dos alimentos na mesa dos brasileiros, mas ressaltam que uma queda sustentável no preço vai ocorrer com a colheita da nova safra agrícola a partir do mês de março.
Fávaro e Paulo Teixeira tiveram reuniões preparatórias com os setores da economia na quinta-feira passada para recolher as sugestões.
Agora, entra a fase de discutir a viabilidade destas medidas, quais são possíveis, quais realmente teriam impacto e aquelas que o governo teria condição de atender.
Os produtores rurais aproveitaram as reuniões para se manifestarem contra a ideia circulada dentro do governo de estabelecer cotas de exportação de alguns produtos, como carne e soja, para garantir um preço mais baixo dos dois produtos no Brasil.
Os produtores alertaram que essa medida prejudicaria a balança comercial e contribuiria para pressionar ainda mais o valor do dólar no mercado financeiro.
Fonte: G1
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil