Russos anunciam retirada de algumas tropas da fronteira com Ucrânia
A Rússia disse nesta terça-feira (15) que está retirando algumas de suas tropas da fronteira com a Ucrânia depois que uma escalada no envio de soldados provocou temores de uma invasão.
O Ministério da Defesa russo disse que os exercícios em larga escala continuam, mas que algumas unidades estavam retornando às suas bases.
O governo não informou quantos soldados estão saindo da fronteira e ainda não está claro se isso diminuirá as tensões.
Scholz provavelmente repetirá o aviso de que a Rússia enfrentará sanções duras se invadir a Ucrânia.
O líder alemão enfrentou críticas por sua resposta às tensões. Ele não deve impedir a ativação do gasoduto Nord Stream 2, que levará gás russo para a Europa Ocidental, contrariando o que disse o presidente dos EUA, Joe Biden, que afirmou que o gasoduto será interrompido se a Rússia invadir.
Depois de ser criticado por uma resposta lenta à crise, Scholz se encontrou com o presidente ucraniano em Kiev na segunda-feira, dizendo que “não havia justificativa razoável” para a escalada militar russa.
Na segunda-feira, os líderes dos EUA e do Reino Unido disseram que nem toda a esperança de uma solução diplomática para a crise na Ucrânia está perdida, mas alertaram que a situação continua frágil.
Em um telefonema de 40 minutos, Joe Biden e Boris Johnson concordaram que um acordo ainda é possível, apesar de alertas diversos sobre uma ação militar russa iminente.
Diversas nações instaram seus cidadãos a deixar a Ucrânia, e os EUA disseram que os bombardeios aéreos podem começar “a qualquer momento”.
“Os líderes enfatizaram que qualquer nova incursão na Ucrânia resultaria em uma crise prolongada para a Rússia, com danos de longo alcance tanto para a Rússia quanto para o mundo”, afirmou o comunicado.
Johnson teria dito que o Reino Unido estava preparado para fazer tudo o que pudesse para ajudar, ao que Biden respondeu: “Não vamos a lugar nenhum sem você, amigo”.
Johnson deve realizar uma reunião especial nesta terça-feira para discutir a resposta do Reino Unido à crise.
Fonte: G1
Foto: Ministério da Defesa da Rússia/EPA/Via BBC