Seleção Brasileira é Neymar menos quatro; não tem o que inventar

Por: Isaac Júnior

 

A Copa América deixou várias lições para Tite e todo o alto escalão da CBF. Nossa Seleção Brasileira está cada vez mais distante do sonho da conquista do hexa. A equipe que temos hoje não pode depender de figuras como Firmino, Fred, Danilo, Alexssandro e Renan Lodi; não no time titular. Esse último, mais pela pouca estrada em grandes competições do que por questão técnica.

Não dá para contar com os quatro, enquanto temos outros jogadores mais tarimbados, que podem se adaptar a qualquer sistema, antes e durante os jogos. E hoje essa adaptação não existe, porque os caras não se enquadram. É difícil entender isso, senhor Tite?!

Mesmo a favor da renovação, defendo o retorno imediato de atletas como Daniel Alves, Filipe Luís, William e até do zagueiro Miranda (hoje no São Paulo). Por quê não? A maioria está com idade avançada, mas tem peso. São nomes que impõem respeito em qualquer lugar do mundo.

Precisamos tirar a pressão, o foco e a marcação cerrada, que acaba em porrada sobre o Neymar. Essa responsabilidade precisa ser dividida com outros jogadores habilidosos como Felipe Coutinho, William, Douglas Costa…

Poderíamos experimentar a zaga com Miranda, avançar Marquinhos, flutuar Daniel Alves pelo meio, abrir os flancos com William e Neymar, e dar mais oportunidade a Gabigol.

Chacota, não!
Não é de agora que viramos chacota dos nossos adversários. A história da Seleção Brasileira, construída de forma genial no passado recente, não pode ser manchada com isso.

O certo é que estamos a um ano e meio da Copa do Qatar e não podemos mais inventar. Sei que as pressões externas existem, para convocar esse ou aquele atleta, mas o importante, nesse momento, é dar sustância ao grupo, e Tite sabe disso; pelo menos deveria saber.

Intercâmbio
Os últimos jogos entre as seleções sul-americanas, tanto na Copa América quanto nas Eliminatórias mostraram que o problema é ainda maior, se compararmos o nível do futebol jogado. Na Europa, eles conseguiram criar a Copa das Nações e praticamente minaram as esperanças das nossas seleções de enfrentá-los. Não há calendário para os amistosos intercontinentais, e isso rema contra nós, com certeza.

Sem intercâmbio, não dá para medir forças com uma escola que é muito competitiva e disciplinada, física e taticamente.

Atitude

Enquanto eles jogam em alto nível, nós vamos nos degladiando, nos esbarrando, jogando em baixo nível e sem dar sinais de melhora.

Mais uma vez é hora de arrumar a casa, tomar atitude, montar um time à altura das nossas tradições e fazer com que o mundo do futebol volte a respeitar a “amarelinha”. Essa é a nossa torcida. Com Neimar, menos quatro.

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