Sexo casual vira homicídio com corpo escondido em parede de salão de festas

O desaparecimento de uma mulher de 25 anos em São Vicente (litoral de São Paulo) envolveu o trabalho braçal de investigadores da Polícia Civil. Os agentes de segurança localizaram o corpo da jovem concretado na parede de um salão de festas e precisaram destruir a edificação com o auxílio de uma picareta.

Em depoimento, o pedreiro Edmilson Veríssimo dos Santos, de 56 anos, confessou ter estrangulado, matado e colocado Joice Maria da Glória Rodrigues dentro da parede. o autônomo Jonathas Soares de Santana, de 35, também foi detido, mas negou qualquer envolvimento com o crime. O inquérito foi entregue à 1ª Vara Criminal de São Vicente na última quinta-feira (14/10).

Joice foi encontrada nua, com a camiseta preta usada no estrangulamento enroscada no pescoço. Um saco com calcinhas foi achado no segundo andar do salão. Um dos assassinos dormiu na obra onde o corpo de Joice foi ocultado.

Os dois moravam no mesmo bairro e mantinham relações sexuais esporádicas havia seis anos. A informação, publicada pelo portal UOL, foi revelada por Edmilson e confirmada pela ex-mulher dele durante seus depoimentos, segundo o delegado do caso, Thiago Nemi Bonametti, da 3ª Delegacia de Homicídio do Deic (Delegacia Estadual de Investigações Criminais) de Santos.

Ele acrescentou que Joice cumpriu o combinado e retornou por volta das 19h. Levou refrigerante para o vizinho, que repartiu com três pedreiros que trabalhavam na construção da piscina do espaço de festas. O delegado contou que, em determinado momento, Edmilson perguntou se os demais demorariam para ir embora.

Chefe dos pedreiros da piscina, Jonathas Soares saiu de carro por volta das 20h, deixou os dois ajudantes em casa e retornou à obra, flagrando o casal fazendo sexo em um sofá colocado no fundo do salão do primeiro andar. No depoimento, Edmilson declarou que Jonathas “pediu para participar”. Como sentiu que Joice gostou da ideia, subiu para o mezanino para que ela e Jonathas tivessem privacidade.

Às 21h03, Joice ligou para o marido dizendo que estava voltando e pediu que ele a esperasse no ponto de ônibus. Mas, de acordo com Edmilson, houve uma briga e a mulher gritava “aí não, aí não”. Ao descer as escadas, viu Joice deitada de bruços e Jonathas sobre ela reclamando: “Esta p… não quer fazer o que eu quero”. Edmilson afirmou ter visto um revólver no canto do sofá e o começo do estrangulamento. Diante da ordem para que ajudasse, auxiliou na execução.

O delegado declarou que Edmilson relatou ter recebido ordens para se livrar do corpo. “Se vira, cara”, teria dito Jonathas. Como naquele dia o vizinho da vítima tinha feito o encanamento do banheiro, que ficava embaixo da escada, reabriu a parede e depositou o corpo de Joice. A areia foi colocada para abafar o cheiro.

Na sequência, Jonathas dirigiu até sua casa. Edmilson saiu para comprar cigarro e voltou para a obra. Ele recebia uns trocos a mais para dormir no local e evitar que ferramentas fossem furtadas. Dormiu a cerca de 10 metros da parede onde o corpo estava escondido. Passou a noite no mesmo sofá em que ajudou a matar Joice.

O marido de Joice esperou no ponto como combinado. Como ela não apareceu, refez o caminho até a casa do avô. O Deic foi acionado. Em 1º de outubro, os agentes foram até o último lugar em que Joice foi vista.

Chefe da equipe de investigação, Fernando Coelho desconfiou que ocorrera um assassinato na obra. Após visitas ao local, o dono do terreno procurou a delegacia de São Vicente para avisar que notou diferença na parede do banheiro embaixo da escada. Acrescentou ter feito um furo com uma picareta e viu areia num local que devia estar vazio.

Enquanto o investigador Walter Mota destruía a parede, o delegado Bonametti foi à casa do pedreiro, que confessou o crime. Antes mesmo de o corpo ser removido, o assassino contou que matara por estrangulamento, usando uma camiseta preta.

Sobre o pacote com calcinhas pretas, verdes e vermelhas, encontradas no segundo andar, Edmilson negou que fossem de Joice. Alegou que gostava de transar usando lingerie. Afirmação duvidosa, mas que se mostrou verdadeira. O marido da mulher não reconheceu as peças.

A última revelação dava conta de que Jonathas era coautor do crime. O delegado determinou que dez policiais civis ficassem de campana na obra até o suspeito aparecer, o que aconteceu por volta das 17h. Os dois estão presos preventivamente e foram indiciados por ocultação de cadáver e feminicídio qualitativo com meio cruel.

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Yahoo!

 

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