Sulão x José Diniz

Meados dos anos 1980, Fast e Sul América disputavam uma partida na Colina, válida pelo Campeonato Estadual do Amazonas. Tinha tudo para ser um grande jogo, mas a celeuma criada em torno dos jogadores do “Sulão” estragou a festa.

Depois de muito bate-boca em campo, o time teve quatro jogadores expulsos pelo árbitro José Edmilson Diniz. Motivo: suspeita de doping e alcoolismo. Na súmula, após o confronto, Diniz teria feito a seguinte observação: “os jogadores estavam transtornados e pareciam dopados ou embriagados!”.

A denúncia causou revolta ao então presidente do Sul América, Renê Gomes, e em todo o elenco do “Trem da Colina”. O dirigente, que não levava desaforo para casa, não pensou duas vezes e acionou o árbitro no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-AM).

Apoiado nos artigos 45 e 46 do Código Brasileiro Disciplinar de Futebol (CBDF), Renê solicitou ao presidente do TJD, advogado Edmilson Guerra, a abertura do inquérito, a fim de apurar os fatos ocorridos antes, durante e depois daquele jogo. Os atletas também interpelaram, judicialmente, o árbitro.

José Diniz teve de correr da “sala para a cozinha” para apresentar provas sobre a denúncia, sob pena de receber uma suspensão severa do tribunal. Ele ficaria na “geladeira” por, no mínimo, 120 dias, caso não conseguisse convencer a comissão disciplinar.

Esse fato causou um grande alvoroço, numa época em que o futebol local marcava presença em grandes competições nacionais, sempre com boa referência.

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