William Alemão critica colégio por ‘induzir crianças ao erro em tarefa escolar’

Uma conta que não bate, e não tem como bater mesmo, por ter sido mal elaborada. Esta foi a conclusão do vereador William Alemão (Cidadania), após ter conhecimento de uma tarefa de matemática passada por escola a crianças do bairro Terra Nova, zona Norte. O assunto foi destacado como preocupante, durante a sessão plenária desta segunda-feira (12), na Câmara Municipal de Manaus (CMM), por ter confundido e induzido estudantes ao erro, além de colocar em xeque, a eficiência do ensino público na capital amazonense.

Alemão esteve naquela área da cidade para verificar a falta de infraestrutura básica denunciada por moradores, principalmente na questão das ruas, e ficou surpreso ao se deparar com a situação de um menino.

A imagem foi registrada e mostrada no painel eletrônico da CMM, como um dos três temas da prestação de contas que o parlamentar realiza todo início de semana, na casa legislativa.

“Nessas andanças pelo Terra Nova, havia um rapazinho que não se sentiu intimidado com a nossa presença e continuou fazendo a tarefa dele; uma coisa bem simples em que a conta é feita, e ao lado direito, a pessoa só precisa pintar a resposta correta. O problema é que, das três questões, duas pediam a presença do número nove nas respostas. Só que esse número não estava lá para ser marcado”, criticou o vereador.

O fato foi registrado num material da Escola Municipal Professora Maria Aimê Bezerra de Souza.
“Eu conversei com o garoto e vi que ele fez o correto. Ele virou para mim e disse não tinha o referido número para marcar como correto. É um fato que não ocorreu em 1930, mas na semana passada, em pleno século 21. É essa educação que estamos dando para nossas crianças? Como um colégio público passa uma tarefa dessas para uma criança? Uma conta simples de matemática em que a resposta correta não está lá para ser assinalada?!”, disparou.

No vídeo, William Alemão mostra o nome da empresa que assina a produção da prova, para dar maior ênfase ao problema.

“Qual a desculpa? O professor não teve tempo de dar aula? Não, gente. São detalhes que vão fazer toda a diferença para uma cidade ou um país como o nosso”, ressaltou o vereador.

O Edição Norte manteve contato com a Assessoria de Comunicação da Secretaria Municipal de Educação (Semed), e foi informada de que precisaria de mais informações, como a série do aluno e o tipo de atividade que fazia, para se posicionar em relação ao assunto.

Asfalto
A falta de infraestrutura básica no bairro Terra Nova também foi destacadao por William Alemão, no pronunciamento dele, nesta segunda-feira. Em meio à fiscalização, ele encontrou várias vias em estado crítico, sem asfalto ou com apenas parte dele, há mais de dez anos.

O vereador percorreu várias vias, inclusive, com ladeiras longas, atém chegar ao Monte das Oliveiras e ao conjunto Galileia. Numa delas, observou que o asfaltamento abrangeu apenas uma parte a rua.

“Só asfaltaram um pedaço da rua Acaiaca, onde aparece que está tudo pronto, mas não está. Não retornaram para concluir os trabalhos. Tem 12 anos, da última vez que asfaltaram por lá. No início de fevereiro de 2021 começaram a colocar 30 metros de asfalto. Na ocasião, parte da comunidade ficou empolgada, pois pensava que fosse chegar mais material, mas não chegou”, disse Alemão.

Alemão ainda fez referência a uma ponte que deveria ligar a Acaiaca a outros trechos. Segundo o que foi repassado a ele, a obra nunca foi realizada e o local onde moram mais de 200 famílias, vive em constante pesadelo, principalmente em dias de chuva.

“Fica tudo alagado”, acrescentou o parlamentar.

Segundo William Alemão, o levantamento de toda a problemática já foi feito e encaminhado para a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) para resolução.

Aglomerações
William Alemão encerrou a fala, citando as redes sociais e as fotos e vídeos de eventos que mostram aglomerações em Manaus. Em relação à praça do Caranguejo, no conjunto Eldorado, zona Centro-Sul, o vereador sugeriu que o local tenha acesso restrito, a exemplo do que ocorre com a Ponta Negra.

“Se os donos de bares dizem que não conseguem fiscalizar, porque colocam as mesas e as pessoas invadem, então, que se feche a praça e deixe que cada empresário fique responsável pelo imóvel ali colocado. Porque, senão, mais uma vez, por causa de alguns, todos irão pagar. Todos: igrejas, comércio e empresários que levam a coisa a sério e fazem o trabalho bem feito. Infelizmente, as coisas funcionam desse jeito”, concluiu.

Texto: Assessoria de Comunicação do vereador William Alemão
Foto: Robervaldo Rocha – Dircom/CMM

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