Torcedor faz tatuagem de Abel e abre o coração sobre relação de amor com o Palmeiras
Rafael Klestoff, 32, palmeirense de coração, tatuou a imagem de Abel Ferreira segurando a taça da Libertadores, com a bandeira de Portugal sobre os ombros, como promessa pelo título da copa. Ele explicou um pouco da sua história com o clube e disse que pensou na tatuagem após o término da partida de volta contra o River Plate (ARG), que sagrou a classificação do Verdão para a final da competição.
Filho de pais sem time, mas neto de um palestrino fanático, Rafael pegou a paixão pelo Palmeiras do avô materno, Décio Roberto. Ele brinca que, diferentemente do que costuma acontecer, foi ele quem ensinou ao seu pai a torcer e não o contrário. Segundo o torcedor, o pai não teve muita escolha senão em acompanhar o sentimento do filho quando percebeu que o garoto, ainda pequeno, viraria palmeirense de verdade.
Rafael cita com muito afeto as recordações dos títulos da década de 90, em especial do Paulistão de 1993 e da Libertadores de 1999. “Eu tenho lembranças reais da minha memória do Paulista de 93. Eu e meu vô pulando no meio da rua de mão dada.” Já a conquista de 99, ele descreve como o auge da sua vivência de títulos com seu avô. “Foi uma das sensações mais incríveis que eu lembro, porque me lembro da felicidade do meu vô. Meu vô radiava alegria e aquilo me contagiava.”.
O palmeirense comenta que, apesar da cara de sério, “Seu Décio” era muito brincalhão e se transformava em dias de jogos do Palestra. Para exemplificar isso, ele se lembra de um jogo entre Palmeiras e Peñarol, pelo Mercosul de 1998, que foi para os pênaltis e os dois assistiram ajoelhados.
A intensa ligação entre eles continua firme mesmo após o falecimento do avô em 2012. Rafael fala da importância pessoal do título do Campeonato Paulista de 2020, porque, antes disso, a última vez que o Palmeiras havia erguido esse troféu, seu avô ainda era vivo. Apesar da partida de Seu Décio, ele diz que o vinculo estabelecido pelo time é tão forte que eles seguem conversando em dias de jogos.
Homenagem de Rafael à memoria e ao ano de nascimento de seu avô, 1930.